quarta-feira, 29 de junho de 2011

Erva do Sul

Como o mate, planta de uso tradicional indígena, se tornou um símbolo de identidade cultural compartilhado por várias nações sul-americanas.
Por Marcelo Macca
Foto de Roberto Linsker

Levadas para a ervateira, as folhas de mate são sapecadas para retirar parte de sua umidade. A seguir, a erva é cancheada - folhas e galhos são cortados e picados. Depois de outra secagem vem o chamado soque, o processo final de trituração. O mate enfim está pronto para ser empacotado e vendido.


Apesar de não gostarem de consumir a bebida na rua, os argentinos inventaram um jeito de tomar mate em público - os chamados bares de mate. No bairro de Palermo Viejo, em Buenos Aires, é possível ver, em um domingo, amigos em torno de uma mesa sorvendo de cuias modernas, coloridas, de alumínio anodizado a água quente suprida por chaleiras - que os argentinos chamam de pavas - do mesmo material.

O empresário Santiago Olivera é dono de três bares na capital argentina, e um dos precursores dessa nova modalidade de se tomar mate. "Tudo começou na época em que eu era universitário", diz. "Os estudantes bebem mate para virar a noite em véspera de prova e entrega de trabalhos."

É manhã de sexta-feira, e em seu bar Volviste Clara, no centro da cidade, todas as mesas estão ocupadas por grupos de alunos com livros abertos, cadernos e laptops - ao lado, é claro, de cuias de erva-mate. "É bem mais íntimo que o café. Como a cuia é compartilhada, o mate aproxima as pessoas, cria laços", explica a jovem Arantza Olagues. "O mate aconchega. É um ritual de confiança", completa seu colega Matías de Vicenzi.

Jaguarão, na fronteira entre Brasil e Uruguai, fica às margens do rio de mesmo nome. A cidade histórica, famosa por suas casas antigas, de altas portas entalhadas, platibandas e bandeiras bem preservadas, deverá ser declarada patrimônio nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) em 2011. Na margem oposta fica Rio Branco, no Uruguai. Na verdade, Jaguarão e Rio Branco são praticamente uma só cidade, cujas duas metades por acaso estão em países diferentes. Natural de Jaguarão, embora hoje more em Pelotas, o escritor Aldyr Garcia Schlee me acompanha em uma visita à região. Ele é autor de vários livros sobre as tradições sulistas e a vida na fronteira.

Sobre o rio Jaguarão estende-se a ponte internacional Mauá, com seus arcos elegantes refletidos sobre a superfície da água. Nesse domingo, há um vaivém frenético na ponte, pois Rio Branco é na verdade um enorme free shop que atrai nos fins de semana milhares de brasileiros ávidos por compras. "Aqui eles podem ir ao exterior sem sair do interior", observa Schlee com um sorriso.

Sacoleiros e turistas passam o domingo nas lojas do outro lado da fronteira, e a cidade mantém seu ritmo tradicional. A praça diante da Igreja Matriz está cheia de pequenos grupos, acompanhados de suas garrafas térmicas, tomando chimarrão. Chegamos ao cerro da Pólvora, onde se encontram as ruínas de uma antiga enfermaria militar construída em 1883. Ali, conta Schlee, será erguido o futuro Centro de Interpretação do Pampa, que deverá ser inaugurado em 2012, um grande museu dedicado às tradições pampeanas - como seu hábito de tomar mate.


Fonte: http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/edicao-136/erva-mate-631626.shtml?page=5

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Reunião Conselho do Campus

Primeira reunião do Conselho do Campus de Jaguarão com a participação da comunidade externa. Tomaram posse como conselheiros Thiara Gimenez de Oliveira e Oscar Schustr Neto.
A diretora Maria de Fatima Ribeiro mencionou a importância de ter a participação da comunidade externa nas reuniãos do conselho que acontecem na terceira semana de cada mês.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

Unipampa presente no processo de integração fronteiriça

No último sábado, dia 11 de junho, na cidade de Bagé foi realizado mais um encontro sobre a integração fronteiriça, na qual a Universidade Federal do Pampa, campus Unipampa esteve presente através da Diretora do Campus, Professora Maria de Fátima Bento Ribeiro e do Professor do curso de Turismo, Alan Dutra de Melo. Dentre as questões tratadas esta a realização de um projeto de mapeamento da cultura na fronteira vinculado aos processos de integração entre o Brasil e o Uruguay. No evento esteve também contribuindo para a construção de uma metodologia para as cartografias culturais da fronteira o Professor da Universidade da República do Uruguay, Herique Mazzeo.
O evento contou com a participação de dirigentes culturais de cidades brasileiras e uruguaias, que no momento também comemoravam a assinatura do recente protocolo da cultura que foi celebrado entre a Presidente Dilma Rousseff e o Presidente Uruguaio Jose Mujica em Montevideo no último dia 30 de maio. O protocolo é fruto do movimento “fronteiras culturais” que entregou a sua carta em com prol da integração ao Presidente Luis Inácio Lula da Silva no último dia 12 de julho de 2010 em Santana do Livramento.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Convite para primeira Aula Magna da Unipampa, Campus Jaguarão

CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONCEITO DE FRONTEIRA E SUA UTILIZAÇÃO NAS CIÊNCIAS HUMANAS
Prof. Dr. Norberto Luiz Guarinello (Universidade de São Paulo)

Da Aula Magna : O estudo da Fronteira tem se tornado objeto de crescente interesse dos pesquisadores das Ciências Humanas em geral. Considerada em princípio como um foco de preocupação da Geografia no estudo da interferência e ocupação das sociedades no espaço, não tardou para que este paradigma adquirisse uma notável interdisciplinaridade e permitisse a ampliação das possibilidades de interpretação das ações humanas em outras ramificações. Deste modo, o conceito de Fronteira remete também a possibilidades de análise das relações centro-periferia, bem como espaço de experiência histórica, lingüística e social que traz à tona a existência de fricções, interações e conflitos em variados níveis: os intercâmbios culturais apresentam-se como um conjunto de relações de força influenciado por motivações políticas, econômicas e históricas. Portanto, uma discussão sobre o conceito de Fronteira em suas acepções e utilizações fornece-nos um importante referencial para a compreensão do papel institucional da Universidade Federal do Pampa dentro de um locus privilegiado de atuação.

Do palestrante : Norberto Luiz Guarinello é professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo. Possui graduação em História pela Universidade de São Paulo (1981), mestrado em Antropologia Social (Arqueologia Clássica) pela Universidade de São Paulo (1986), doutorado em Antropologia Social (Arqueologia Clássica) pela Universidade de São Paulo (1993) e três estágios de pós-doutoramento na Brown University (EUA - 1998), na Oxford University (Inglaterra - 2003), e na École des Hautes Études en Sciences Sociales (França – 2010). Tem experiência nas áreas de História Antiga, Arqueologia Histórica e Teoria da História.Atualmente tem se dedicado ao estudo das fronteiras, identidades e integrações no mundo mediterrânico.

LOCAL: AUDITÓRIO DA UNIPAMPA – CAMPUS JAGUARÃO
DATA: 14 DE JUNHO DE 2011, ÀS 19h30

REUNIÃO DO COMITE DE FRONTEIRA BRASIL/URUGUAY EM JAGUARÃO

No dia 8 de junho, na Biblioteca Pública de Jaguarão, reuniu-se o Comitê de Fronteira Jaguarão/Rio Branco com uma agenda temática que incluiu como pontos principais a educação, meio ambiente, segurança e saúde. Ao final das falas dos componentes da mesa, os presentes ofereceram suas observações e contribuições para os quatro temas tratados. Entre as autoridades que se fizeram presentes ao evento destacamos o Cônsul do Uruguai em Jaguarão, Senhor Doutor Daniel Botta Luquin, a Diretora do Unipampa, Campus Jaguarão, Profª Drª Maria de Fátima Bento Ribeiro, o Secretário de Governo da Cidade de Jaguarão Sr. João Claudio Hernandes Pedroza, os Deputados pelo Departamento de Cerro Largo Suas Senhorias Pedro Saraiva e Jose Aquino, os quais abrilhantaram a referida reunião.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Rememorando e Parabenizando todos que participaram desse movimento.

Discussões de políticas de fronteira

As  discussões envolvendo políticas de fronteira tiveram início na cidade de Santana do Livramento, em 12 de  julho de 2010, quando a cidade de Jaguarão foi eleita como sede para a realização do Seminário de Políticas Públicas e Estado no Âmbito da Cultura. Esse encontro teve como objetivo apoiar o processo de transformação da realidade, reconhecendo a zona de fronteira como um território de identidade próprio e fortalecer o processo coletivo de criação de políticas de Estado como foco nos assuntos de fronteira.

Em agosto do mesmo ano, ainda na cidade de Santana do Livramento, foi entregue um documento sobre questões pontuais para os avanços da fronteira aos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Uruguai Jose Mujica.

Nos dias 29 e 30 de agosto, em Rio Branco, Uruguai, e Jaguarão, aconteceu a Conferência de Cultura de Fronteira e Seminário de Integração Cultural. Esse evento foi organizado pela UNIPAMPA, Prefeitura Municipal de Jaguarão e Comissão Binacional de Cultura. Essas movimentações sobre o tema estão sendo chamadas de “Fronteiras Culturais”, e a professora Maria de Fátima destaca que esses movimentos se complementam na busca de políticas públicas e de projetos de desenvolvimento para essa região de fronteira.
Foto: 
Santana do Livramento quando foi entregue a Carta da Fronteira.
Na foto diretora  Maria de Fatima Bento Ribeiro, Prefeito Claúdio Martins, Secretário de Cultura Alencar Porto, vereadora Thiara Gimenez,professor Mauricio Vieira, Diretor de Patrimônio Alan Dutra Melo e a reitora da Unipampa professora Maria Beatriz Luce.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Viva Cultura!

Parabéns à Secult Jaguarão e à Unipampa que vem atuando intensamente na integração cultural na fronteira. A Formação do Grupo Fronteras Culturales, A Feira Binacional do Livro em Jaguarão com a presença do MEC Uruguaio e da Casa de los escritores del Uruguay.