CARNAVAL 2011
“Avante com todo esquadrão”:
Gal. Telles canta um Centenário de Paixão
Francisco Vitória
p/p Equipe de Carnaval
A Escola de Samba General Telles completa neste carnaval os seus sessenta anos de vida, uma vida onde a cada momento, a cada carnaval, a cada desfile se estreitam os laços de cumplicidade construídos com sua comunidade que se estendem, hoje, a comunidades carnavalescas localizadas fora dos limites da Princesa.
A Telles veio para engrandecer o Carnaval tão tradicional desta cidade, e desde que nasceu acompanha o carnaval por onde ele andar nesta cidade, XV de novembro, entorno da praça, Bento Gonçalves e seu prolongamento, Mal. Floriano, Praça 20, Passarela da Estação. Buscamos em todos os momentos termos presente nosso ideal que é o de dar a nossa comunidade e ao povo carnavalesco momentos de alegria e prazer, risos de felicidade, isso já nos faz marca, isso já nos permite sermos alvos de paixões.
Sessenta anos, Telles do Povo que a Ama; Telles uma Paixão da cidade!
Neste carnaval de 2011 a Telles estará comemorando seus 60 anos, para nós o povo vermelho e branco esta é uma data de máxima importância, como será depois os 70, 80...; E não vemos forma melhor de comemorar este aniversário do que prestando uma homenagem ao povo que nos ama, que nos dá vida a cada dia para que possamos chegar a cada desfile, e vemos também que ao fazer esta homenagem estaremos demonstrando o nosso orgulho, nosso respeito, nosso amor, nossa paixão por este irmão mais velho que tanto exemplo de determinação e superação tem nos dado.
.A Telles tem o mesmo berço do Brasil. A Telles é embalada por aqueles mesmos que enchem as arquibancadas do Bento Freitas. Por isso neste momento temos o prazer de dizer que o carnaval da Telles em 2011 é dedicado aos 100 anos do Grêmio Esportivo Brasil.
Parabéns! Parabéns! Parabéns, Grêmio Esportivo Brasil!
“Avante com todo esquadrão”: a Telles canta um centenário de paixão
Já raiou a liberdade, já raiou a liberdade no horizonte do Brasil
Brasil, Brasil, Brasil
As tuas cores são nosso sangue nossa raça
Brasil, Brasil, Brasil
Força e vontade cheio de graça
“A Alvorada” do século passado vê a Princesa do Sul como um importante centro industrial, de comercio e serviços, de cultura e lazer. A cidade se industrializava permitindo o crescimento do setor agropastoril, têxtil; e, entre outros, até mesmo o setor cervejeiro fazia parte da movimentação econômica do município. Para atender as novas necessidades – econômicas e sociais – se desenvolviam o comercio e o setor educacional. O processo de urbanização coloca em destaque o singular capricho estético de suas construções sejam prédios públicos, palacetes ou praças. A “Princesa” abria-se em tabuleiro por onde se moviam trabalhadores e patrões, professores e estudantes, comerciários, comerciarias, donas de casa, doceiras e seus tabuleiros, entre outros. As vidas, cada uma com sua própria história, iam e vinham, e neste vai e vem às paixões despertavam e se encontravam na Estação do Trem.
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.Foi neste cenário que nasceu o “Grêmio Sportivo Brasil”. Faltavam meses para a Princesa completar seu primeiro centenário. A primeira idéia de sua fundação vem ao mundo na rua, numa destas esquinas do nosso tabuleiro urbano. Aquele que veio a ser o “clube do povo” é a concretização de um sonho de dois jovens praticantes do futebol, esporte ainda novidade no país daquele então, apesar de já contar com vários adeptos.
No começo eram apenas dois: Breno Corrêa da Silva e Salustino Brito. Juntamente com outros jovens eles faziam parte de uma equipe de futebol mantida por uma cervejaria cuja fabrica se localizava ao lado do campo de jogo. Eis que certo dia o desejo dos jovens de praticar o esporte esbarrou na contrariedade de funcionários da cervejaria que realizam obras no campo. O jogo foi interrompido. No famoso das duas uma, era então ou ajudar na obra ou ir embora, alguns poucos ficaram outros foram para suas casas. Restaram os dois, Breno e Salustiano, caminhando, até encontrarem um terreno aberto, próximo, em meio ao tabuleiro urbano, no centro do qual se deixaram ficar, sentados, sonhando com a liberdade, que representava naquele momento criar um time onde pudessem treinar preparar-se para atingir suas aspirações nos campos de futebol.
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.O sonho era enorme. Era mesmo uma quimera. Soube-se desde então da necessidade de muitos braços para embalá-lo. O futebol ainda era uma atividade incipiente que apesar disso encontrava simpatizantes em todos os segmentos da sociedade. Nestes segmentos, os dois - Breno e Salustiano - falaram àqueles desejosos de ver o desenvolvimento do futebol e/ou de progredir na pratica deste esporte, do sonho acalentado por ambos em criar um clube com este expresso fim.
Deste modo o sonho, antes de apenas dois, já começava a ser sonhado por muitos, todos, cada um que se acrescentava,traziam entusiasmo e eram animados pela força de vontade, conscientes das modestas condições materiais, confiavam no idealismo e na perseverança como alicerce e patrimônio inicial. De posse disso acreditaram já podiam fazer do sonho realidade. Desde então tem sido assim.
Aquele setembro, último antes de se completar o centenário da Princesa do Sul, marcou uma época desta cidade. Sete de setembro de 1911, data da Independência do Brasil, nasce ao sul do sul, o Grêmio Sportivo Brasil. O nome, a data, foram escolhas propositais, havia nelas uma explicita intenção de homenagem ao País. E se mais faltava para que esta intenção fosse percebida trataram logo de expressar isso também na escolha das cores, assim o clube nasce verde e amarelo. Mas, em todas estas escolhas também era explicita a intenção de avocar para si a idéia de independência, o espírito dos que sabem ser difícil a caminhada, mas que não se furtam em tomar o caminho, a força dos que querem muito conquistar e sabendo quão árdua será cada batalha ainda assim entregam-se com paixão à luta.
Nascido do espírito inconforme e rebelde da juventude ser envolvido em polêmicas e rivalidades serão uma constante na história desta agremiação. A primeira delas passa a existir já de imediato à fundação e esta relacionada às cores verde e amarelo. E este é também o inicio da relação do Brasil com o carnaval de nossa cidade. Vamos ao fato. O carnaval aquela época era o espaço aonde a rivalidade existente entre os clubes sociais vinha a público. Nos desfiles que percorriam a XV de novembro, o entorno da Praça Coronel Pedro Osório e a Andrades Neves, os clubes buscavam mostrar em seus carros e fantasias todo brilho, luxo e criatividade. Com forte influência veneziana, o carnaval aqui era dominado pelo Clube Diamantinos.
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.Eis que também em 1911, no mês de março, é criado outro clube carnavalesco na cidade. Isso acirra a rivalidade entre os clubes, e a discussão que se estabelece é que na medida em que o clube carnavalesco na medida em que surgia nas cores verde e amarelo já encontrava identidade no futebol em cores parecidas de times já existentes assim sendo deveria o novo time de futebol que surgia tomar para si as cores vermelho e preto do clube diamantinos. A rivalidade momesca venceu. O Diamantinos provou no carnaval a força de suas cores. Passadas as dificuldades de primeira hora, que dizem respeito à estruturação da equipe de futebol e da busca por local onde treinar e jogar, finalmente ainda no ano de 1911 o Grêmio Sportivo Brasil, de uniforme vermelho e preto em campo aberto e franqueado ao público realiza sua primeira partida.
Glórias e Conquistas : "Salve o Brasil; O Campeão do Bem Querer"
Brasil, Brasil, Brasil
Nós este ano, vamos vencer
Salve o Brasil
O campeão do bem-querer...
Lá no estrangeiro
Mostraste ser bem brasileiro
Com os louros da vitória
Trouxeste para nós mais outra glória
Não foram fáceis os primeiros tempos. O Brasil nasceu no sufoco. Trazido a luz pela teimosia, pela birra, pela manha, dos jovens, operários, idealistas e perseverantes, em sua busca pelo desenvolvimento do futebol e pelo aperfeiçoamento de sua prática. O esforço diário, de cada um visando atingir sua meta, a maneira respeitosa e ética com a qual buscavam inserir o novo time no rol já iniciado por equipes, que, por entre outros fatores, iniciadas antes, possuíam um grau maior de organização e estruturação. Este espírito se mostrava no campo de jogo, era observado, angariava adeptos.
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1915
.Depois de alguns treinos e amistosos, no inicio de 1913 já participávamos de jogos oficiais. Por convite da Liga Pelotense de Futebol o Brasil honrando o manto rubro negro, com dois anos de idade, se colocava na disputa do campeonato da cidade. O time era organizado a partir de atletas, operários, pobres, vindos de equipes menores da periferia. Na falta de local próprio, os jogos foram jogados sempre na casa dos adversários. E foi assim ainda em 1914 e depois em 1915. Mas, já os enfrentávamos. A atitude destes primeiros rubros negros, diretores e jogadores, fascinavam parcelas de simpatizantes em todos os segmentos da sociedade local. Em 1916 o Brasil recebe por cedência do Sr. Augusto Simões Lopes um campo de sua propriedade localizado no Bairro da Estação, atrás da Estação Férrea. Ali se fez o campo da estação, se fez do Brasil o time da estação.
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1917
.Chega o ano de 1917, o Brasil, oito anos de idade, já esta maduro para todas as lides que dizem respeito à busca do congraçamento de todos pelo esporte, e no campo já era visto como um adversário valoroso, leal, disciplinado incluindo admirável habilidade. Pois foi ai, que recebeu "Seu Sete", o Brasil neste ano de 1917 conquistou seu primeiro título, num dia sete e para a coincidência mais impressionar do mês setembro. Campeão da Cidade. E os "Neguinhos da Estação" já visíveis por toda parte da cidade espalhavam no tabuleiro urbano o seu orgulho em ser rubro negro e se faziam apaixonados. Como prova desta paixão já deixavam claro o amor interminável, de preferência hereditário, e que por ele com o nosso Brasil ninguém se mete. E nossas doceiras, cozinheiras, benzedeiras e rezadeiras olhando para o time rubro negro logo exclamavam: Este promete!
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.A promessa se confirmou, o "time da estação" foi de novo campeão em 1918 e chegou ao tri campeonato da cidade em 1919. O ideal de Breno e Salustiano estava sendo alcançado. Os títulos em sequencia colocavam o Brasil rubro negro em pé de igualdade frente aos demais clubes da Liga Pelotense de Futebol, mas, o colocava também frente a novos desafios. O caminho aberto teria de ser trilhado. O futebol se desenvolvia, surgia a Federação Rio Grandense de Desportos, e coube ao campeão pelotense de 1919 o direito de representar a liga citadina na disputa do titulo de primeiro campeão do Estado do Rio Grande do Sul.
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1919
.Com este intento partiu a delegação do Grêmio Sportivo Brasil a bordo do vapor "Itaberá" em direção a Porto - Alegre onde a aguardava a equipe do Grêmio Porto Alegrense para a partida única e decisiva.
No campo a equipe rubro negra soube honrar a expectativa de sua torcida já numerosa e de todos aqueles simpatizantes da prática do futebol. Com inteligência, habilidade e sem contestação ao final da partida O "Time da Estação" conquistava o título. O placar foi largo. Talvez tentando mostrar nesta medida a dimensão que tomava tornado realidade o sonho de inicio sonhado por bem poucos com tão poucos recursos. O Brasil é da cidade, o Brasil é do estado. O Brasil é o nosso Brasil.
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1937
.Na Princesa do Sul os "Neguinhos da Estação" mobilizados organizavam a recepção aos campeões. Nossos jogadores receberam da torcida uma enorme onda de carinho que se estendeu da zona do Porto ao bairro da Estação, com queima de fogos, homenagens na prefeitura, passeata até a praça Cel. Pedro Osório. Oito anos, mas foram intensos, o Brasil formou entre os melhores da cidade, do estado, do país. No primeiro campeonato brasileiro lá estava o Brasil, no Rio de Janeiro representando o Rio Grande do Sul contra cariocas e paulistas. Ao participar do "Torneio dos Campeões" de 1920, o Brasil rompia as fronteiras do Estado, fazia-se reconhecer no mundo do futebol brasileiro, fazia ser reconhecido pelo Brasil país, que ao plantar uma forma de organização em cuja semente reside o bem querer de cada um que irá cultivá-la, podemos sim colher frutos que renderão alegria e felicidades a todos e que isso poderia vir pelo futebol. Isto podia ser comprovado nos arredores da Estação Férrea, proclamado na quantidade de pessoas que felizes e em festa aguardaram a delegação em seu retorno.
O tempo passava e a disposição de todos em tornar o Grêmio Sportivo Brasil maior a cada dia se mostrava, em cada diretor ou membro que se agregava ao trabalho no dia-a-dia do clube, na energia empregada em manter vivo o sonho de nossos pioneiros, em cada jogador que ao envergar o uniforme rubro negro nos ensinaram que acima de tudo deve estar o espírito rubro negro. Isto tudo apesar de permanecerem escassos os recursos materiais. Entre 1921 e 1950 o Brasil jogava, driblava suas necessidades, disputava e vencia títulos, conquistou campeonatos citadinos, regionais, representou o Rio Grande do Sul, enquanto seleção gaucha em campeonato brasileiro.
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1950
.Neste período o Brasil primeiro trocou o campo de jogo depois mudou novamente o campo e agora também de bairro. Em dificuldade financeira, companheira quase eterna nesta historia, o Brasil não conseguiu comprar o campo da estação quando este foi colocado a venda. Perdido este, alugou espaço ainda no bairro da Estação para fazer seus treinamentos e mandar seus jogos, foi assim iniciando em 1927, espichando, até que em 1939 é comprado o terreno da Rua 13 de maio, atual Princesa Izabel, onde foi construído e inaugurado em 1943 o estádio onde até hoje mandamos nossos jogos. Uh! É o nosso panelão. Temos também desde este tempo nosso distintivo que desde então pulsa no ritmo de nossos corações. Neste período o amor pelo "Time da Estação" transborda pela Princesa faz-se paixão pelo rubro negro da baixada. Os "Neguinhos da Estação" se multiplicam se fazem guerreiros xavantes espalhados por todos os bairros em nossa cidade. Temperamos nossos espíritos, tomamos consciência que ser Brasil é enfrentar a dureza de cada dia.
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.Ainda assim, crescia o sonho. Eram muitos a alimentá-lo, eram muitas e boas energias dirigidas ao seu sucesso. O Brasil seguia sua trajetória. Em uma caminhada crescente, continua e segura galgava posições no mundo do desporto, no mundo do futebol. E assim recebemos o convite para mais uma jornada, destas que enche de honra o nome e a história de qualquer clube só por recebê-lo. A Federação Uruguai de Futebol convidou o rubro negro para um jogo contra a seleção daquele país em fase de preparação para copa do mundo. O ano era 1950, o Brasil iria ao estádio Centenário para enfrentar aquela que provaria pouco mais tarde ser a melhor seleção do mundo.
Esta era a proposta. Impelido pelo espírito xavante o Brasil aceitou, e rumou para a capital uruguaia para mais este repto, na defesa do desporto e do futebol brasileiro, na defesa da bandeira rubro negra. E a jornada foi gloriosa, de uma glória que só mesmo a torcida xavante poderia esperar. Naquela tarde de 19 de março de 1950 o Grêmio Sportivo Brasil adentrou o gramado do estádio Centenário parcialmente lotado para uma apresentação de gala. Os jogadores souberam honrar o uniforme rubro negro disputaram cada espaço do gramado, mostraram exemplar comportamento técnico, usaram como armas nesta luta a lealdade a garra e a habilidade. E o Brasil venceu. 2x1 contra a seleção do Uruguai. E o Brasil, o nosso Brasil, foi aplaudido por todos que estiveram naquela tarde no Estádio Centenário. Todos aplaudiram, todos, incluindo aqueles que poucos meses depois, naquele mesmo ano, calariam vários maracanãs pelo país inteiro ao vencer a seleção brasileira na final da copa do mundo. Mais um carnaval fora de época na nossa cidade. Os xavantes saiam às ruas. Vindos de todas as partes, buscavam concentrar-se na XV de novembro enfrente a sede do Clube. Faziam- se multidão que espremida se alonga até a Praça Pedro Osório.
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.Agora o nosso Brasil, o time da baixada, faz parte do universo do futebol. Nosso pavilhão levado para fora das fronteiras do nosso país havia sido com, galhardia, cravado no cenário do futebol mundial. Consequência disso e/ou para reafirmar isso o Brasil passa a receber diversos convites para jogos internacionais. E então, eis que parte o Xavante para uma histórica excursão pelas Américas. Sim, Américas. Jogamos nas Américas, do sul e central, isso entre julho e outubro de 1956. Passamos por nove países - Paraguai, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Honduras, El Salvador-, jogamos vinte e oito jogos. Fora do campo sofremos alguns contratempos, próprios daqueles que nascendo como nasceu o Brasil, pequeno dentre os pequenos, trás consigo o desejo e a disposição guerreira de se fazer maior. Dentro do campo todas as dificuldades deixavam de existir. Nossos jogadores a cada partida que disputavam honravam e revestiam de glórias o uniforme rubro negro, com espírito de aguerridos xavantes mostravam a todos o valor do nosso Brasil, gravavam na historia o nome do nosso glorioso grêmio esportivo. Foram mais dezesseis vitórias que vieram fortalecer o idealismo e a perseverança patrimônios iniciais do clube, mas elas serviram também para tornar cada vez maior o numero de seus torcedores. Estes torcedores estavam em festa novamente, a delegação rubro negra foi recebida no aeroporto da cidade e conduzidos em carro da guarnição do bombeiros acompanhados por numerosa quantidade de carros até o centro da cidade onde o carnaval se fez até quase o amanhecer.
É assim o nosso Brasil. Desde o inicio aprende a cada dia a vencer as dificuldades, se fortalece a cada obstáculo transposto. Mantem a teimosia, a birra, a gana, a manha dos seus jovens fundadores. Ele cresce na busca pelo desenvolvimento do desporto adentra também os salões, são memoráveis as campanhas feitas por nossas equipes de futebol de salão que durante os anos 1960 sagraram-se várias vezes campeã estadual chegando mesmo a um tetra campeonato.
Nos gramados afirmávamos nossa posição entre os clubes de escol do futebol gaúcho, começávamos a nos fazer mais presentes em certames nacionais, do final da década de 1970 até os dias de hoje estivemos em todas as divisões. Mas com certeza na lembrança de cada um de nós, no coração de cada um de nós esta gravada aquela campanha de 1985.
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1985
.No campeonato brasileiro de 1985 a equipe xavante viajou por dez estados e mais o distrito federal. Jogou no Maracanã, Mineirão, Serra Dourada, Fonte Nova, Castelão, Parque do Sabiá, entre outros, acumulando os pontos que a colocaram na historia do clube. Marca maior daquela campanha foi a partida de 18 de julho contra o Clube de Regatas do Flamengo do Rio de Janeiro. Guardadas as proporções era como jogar de novo contra a seleção do Uruguai de 1950. A equipe do Flamengo era tida como uma das melhores do mundo, naquela década que recém chegava ao meio já havia conquistado títulos estaduais, campeonatos brasileiros, o campeonato da América e até o mundial de clubes. Era muito parecido, mas havia uma diferença fundamental, desta vez o Centenário seria o Bento Freitas. Mais uma vez falou mais alto a força do xavante da baixada, uma força que vem ao campo descendo cada degrau da arquibancada. Vencemos aquele jogo. Terminamos o campeonato como a terceira melhor equipe do país.
.AVANTE COM TODO ESQUADRÃO; TORCIDA DO NOSSO CAMPEÃO...
Avante com todo esquadrão
Torcida do nosso campeão
Ele tem seu passado de glória
Tem o seu nome gravado na história
Este é o Grêmio Esportivo Brasil. O Brasil vermelho e preto. Fundamentado no idealismo e na perseverança. Energizado pela fé e pelo aguerrimento afro xavante de cada um de seus torcedores.
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.Somos muitos, somos milhares, aumentamos a todo o momento, nos espalhamos mundo afora. Somos muitos, somos conscientes da responsabilidade de mantermos vivo o sonho inicialmente sonhado por apenas dois.
Somos muitos; Somos xavantes, herdeiros da mesma paixão que movia os "negrinhos da estação". Na mesma intensidade deles nos orgulhamos deste Brasil que é nosso. Somos muitos; Somos o Sangue e a Raça do time da baixada; Somos sua força e sua vontade.
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.Somos muitos, sempre presentes; Somos capazes de assentando tijolo por tijolo aumentarmos a capacidade de nosso estádio; Somos capazes de ir buscar vitórias com nossas próprias mãos estejam elas na Estrela em que estiverem; Lotamos ônibus e estádios para empurrarmos o time xavante.
Somos muitos; Somos xavantes; Esta é nossa tradição. Uma tradição que congraça a todos, que faz das várias identidades que adentram os portões do nosso "caldeirão" uma só. E a expressão que se lê em cada rosto, que se espelha nos felizes sorrisos na hora do gol, é a mesma: "Xavante eu sou"!
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.Esta é a comemoração que a Telles quer com todos fazer, esta é a história que a Telles quer com todos celebrar. Este é o momento no qual, vista a trajetória histórica do "Clube do Povo", que até por ser isso, em muito se identifica com a caminhada da escola que faz
a alegria do povo, desejamos que continuem, nossa Escola de Samba, a Gal. Telles, no carnaval, nosso "Esquadrão" no futebol, o Grêmio Esportivo Brasil, suas jornadas em direção a um futuro onde se deverá chegar de gol em gol vencendo a retranca das adversidades, sambando dia
nte de toda dificuldade. Onde haverá de existir o congraçamento, onde os feitos de alguns terão sempre como objetivo a felicidade de todos, onde as diferenças serão respeitadas e a diversidade respeitada
.Eu sou Telles! Eu sou Xavante! E que a felicidade seja de todos nós
Fonte:
Obrigado pelo espaço concedido, me sinto muito honrado em poder ilustrar seu belo e rico blog.
ResponderExcluirPor sugestão Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas
Um Centenário de Força e Raça: Cheio de Graça!
http://guebala.blogspot.com/2011/09/gremio-esportivo-brasil-de-pelotas.html