Técnicos Administrativos em Educação da Universidade Federal do Pampa- Campus Jaguarão

Senhora Diretora
Prof. Dra. Maria de Fátima Bento Ribeiro

Desde a deflagração da greve nacional estávamos buscando formas de construir um movimento unificado em nossa Universidade, por entendermos que se faz necessário respaldar a nossa direção nacional perante as negociações com o governo. Deste modo, construímos em toda a universidade a paralisação no dia 16 de junho, na qual logramos êxito com a adesão maciça de todos os campi. Entretanto, o debate a cerca de adesão a greve não evoluiu da mesma forma, embora tenhamos recebido manifestação de apoio a greve, encontramos uma série de obstáculos quanto a FAZER a greve. Não obstante, nossa estrutura sindical está bastante fragilizada: sem carta-sindical; uma gestão com mandato vencido, isto é, um sindicato sem condições de atuação.
Sendo assim, desde o dia 06 de junho nos diálogos estabelecidos via e-mail (nosso principal instrumento de comunicação) indicavam preponderantemente paralisações esporádicas; no limite nossos colegas indicavam que estariam de acordo em entrar em greve desde que todos os campi assim também o fizessem. Cientes de que esta unanimidade pretendida não condiz com a realidade concreta da instalação de um movimento de greve, nós do CAMPUS DE JAGUARÃO entendemos que alguém deveria dar o primeiro passo e assim na sexta-feira, 24 de junho, em assembleia de nossa unidade aderimos a greve nacional deflagrada pela Fasubra, a partir da segunda-feira dia 27/06, estando marcado em nosso calendário um ato público em conjunto com os colegas de todas as outras unidades para o dia 05/07 na cidade de Bagé, com nova assembleia local de avaliação da greve no dia 06/07.
Dentre as principais reivindicações estão o reajuste salarial anual, uma vez que o índice Geral de Preços- Mercado IGPM, responsável pelo reajuste de aluguéis e energia elétrica sofreu um aumento de 11,49% em doze meses, o índice de Preços ao Consumidor Amplo-IPCA- reajuste de 6,55% em doze meses; os Medicamentos até 6,01% no ano, transporte coletivo local aumento de 40% e o salário mínimo 6,09%, enquanto que para os servidores das universidades federais o último aumento foi no ano de 2007, pago em três parcelas anuais, não havendo previsão de novo reajuste.
Além disso, os técnicos lutam pela aquisição de plano de saúde, adicional de penosidade, implantação do Restaurante Universitário, cumprimento da Lei 8.112 em relação à gratificação de Encargo por Curso ou Concurso, redimensionamento e profissionalização do quadro de pessoal com a abertura de novos concursos, apoiam a materialização da moradia estudantil e campanhas de combate às práticas do Assédio Moral e a todos os tipos de assédios.
Desta forma esperamos que este movimento leve à melhores condições de trabalho para os servidores, consolidando a instituição como espaço democrático e um meio de transformação social.


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